( TODOS OS ANIMAIS QUE UTILIZEI NESTAS FOTOS ESTÃO BEM VIVINHOS:o))
Todos os animais morrem e devido à curta esperança média de vida que têm em relação aos humanos
É frequente os donos terem de enfrentar a perda de um ou mais animais de estimação. Por se tratar de um animal irracional, o dono muitas vezes questiona-se sobre se tem direito a fazer o luto.
Os animais de estimação partilham a nossa vida durante anos. Contamos com eles para apoio, pois não criticam nem julgam; para aliviar o stress, pois estão sempre prontos para a brincadeira; e não há nada melhor do que um afago, depois de um dia que não correu tão bem.
É por estas razões que os humanos se apegam aos animais, criando laços profundos de companheirismo. São âncoras com quem podemos sempre contar, até ao dia em que por acidente ou por doença deixam de estar entre nós.
Sofrer, ou não sofrer
Um animal não é uma pessoa, mas é normal sofrer com a morte de um ser com quem partilhou a vida durante 5, 10 ou mesmo 20 anos, mesmo que esse ser não seja racional. Os donos têm o direito de sofrer com a morte do seu animal, independentemente da opinião da vizinha, do familiar ou do colega de trabalho. Por vezes os donos de animais de estimação sentem que não têm “permissão” para chorar abertamente a morte do seu animal, seja porque o valor do seu animal é depreciado por outros ou seja porque os outros nunca passaram por essa situação. O mais importante é saber que não precisa da autorização de alguém para poder chorar o seu animal. Procure pessoas que estejam a passar pela mesma situação e desabafe. Em casa, não se iniba de falar e chorar em frente a outros adultos.
Ninguém lhe pode dizer ao certo durante quanto tempo se sentirá triste, pois o processo de aceitação depende de cada um. Existem contudo quatro etapas ligadas à perda de um ente querido:
Negação, choque, isolamento
Geralmente ocorre quando o animal ainda está vivo, mas encontra-se já em fase terminal. Os donos têm dificuldade em aceitar a morte do animal e evoluem para um estado de choque quando a morte efectivamente ocorre. Sentem-se fora da realidade e não conseguem perceber que o animal já não está efectivamente entre nós.
Raiva
Assim que se apercebem da realidade, os donos sentem-se zangados e disparam sentimentos de raiva em várias direcções. Pode-se sentir traído pelo próprio animal, que o abandonou, pelos membros do resto da família, que não expressam os sentimentos da mesma forma, pela sociedade, pelo veterinário e até mesmo Deus.
Apesar de racionalmente a raiva indiscriminada não ter lógica, emocionalmente os donos não conseguem deixar de se sentirem zangados.
Culpa
A culpa é frequente nos casos em que um ente querido falece. Começamos a supor tudo e mais alguma coisa: “Se tivéssemos consultado mais opiniões profissionais”; “Se lhe tivesse dado mais atenção”, etc. Quando se trata de um animal de estimação, a culpa é recorrente, pois o dono é responsável por ele e é ele quem toma todas as decisões que influenciam de forma determinante a vida do animal. Assim, o dono sente-se também responsável pela sua morte. Também muito comum é o sentimento “Se eu tivesse passado mais tempo com ele” ou pactos secretos como “Se eu fizer isto, o meu animal volta para mim”.
Os casos em que a decisão de eutanásia foi colocada, independentemente de ter sido ou não aceite, gera um sentimento de culpa no dono que se questiona se terá agido da melhor forma, quer por ter terminado o sofrimento do animal, quer por ter insistido no tratamento.
Os casos em que a decisão de eutanásia foi colocada, independentemente de ter sido ou não aceite, gera um sentimento de culpa no dono que se questiona se terá agido da melhor forma, quer por ter terminado o sofrimento do animal, quer por ter insistido no tratamento.
Depressão
É natural ficar triste quando morre um ente querido, mas a depressão é um estado psicológico que deve ser acompanhado por um médico. Muitas vezes esta fase caracteriza-se apenas por momentos de tristeza, que não chegam a tornar-se depressões. Esta fase pode terminar quando sentimos que há outros que partilham a nossa dor.
Recuperação
A recuperação é pautada pela aceitação da morte como algo que aconteceu e sobre o qual não temos poder de alterar. Implica encarar a vida tal como ela é e seguir vivendo. Não é uma altura de sorrisos ou momentos felizes, é antes marcada pelo regresso da calma e paz.
Estas fases podem não se suceder e o dono pode saltitar entre estes estados de alma.
Pode inclusivamente não experienciar todas as etapas. Momentos pontuais podem atirar o dono em recuperação para uma destas fases novamente, tais como o aniversário do animal de estimação ou outras mortes, por exemplo.
O processo de luto difere de indivíduo para indivíduo, daí que a recuperação tenha de partir da própria pessoa e não de forças externas.
O processo de luto difere de indivíduo para indivíduo, daí que a recuperação tenha de partir da própria pessoa e não de forças externas.
Recordações
Seguir em frente não implica esquecer o seu animal. Por vezes, “arrumar as ideias” ajuda a ultrapassar esta fase. Pode fazer um álbum de fotografias para guardar ou enterrar no jardim, numa espécie de funeral simbólico, já que a maioria dos animais são cremados.
Com isso pode fazer um memorial ao animal. Muitos donos optam por plantar árvores a quem atribuem o símbolo do animal.
Para dar um tom mais positivo num momento triste, pode doar algum dinheiro a instituições de recolha de animais
apadrinhar um animal ou qualquer outra coisa que faça sentido para si. Geralmente fazer algo de positivo para a comunidade faz com que as pessoas se sintam melhor com elas próprias.
Ultrapassar
O tempo é o melhor remédio e cura tudo. Se der tempo ao tempo, a dor sossega e vai progressivamente recordando os bons momentos e não a morte. Com tempo, os donos começam a rir quando se lembram das traquinices dos animais, daquela vez em que ele roeu o sapato, que o fez tropeçar na rua, etc.
Novo animal
Os animais são insubstituíveis, mas assim que chegar à fase de recuperação pode pensar em ter um novo animal novamente. Os animais fazem-nos rir e as suas exigências obrigam-nos a não desistir. Mas não se precipite. Toda a família deve querer um novo membro e este não deve ser visto como substituto mas como um animal independente!
É um infeliz engano pensar que memoriais para bichinhos de estimação sejam só para crianças
pelos mesmos motivos pelos quais guardamos a memória de nossos parentes quando eles falecem, um memorial para seu bichinho de estimação é um passo importante no processo de luto. Quer você enterre seu bichinho ou guarde suas cinzas em uma urna, reservar tempo para memorizar seu amado bichinho com a família ou amigos ajudará você a enfrentar a perda.
Mantenha um diário
Muitas pessoas não se sentem à vontade comunicando verbalmente suas emoções ou demonstrando-as para outros de qualquer forma. Mantenha um diário onde você possa explorar e chegar a termos com seus sentimentos de luto, através da palavra escrita.
Tente ver além do momento da morte. Muitos donos de bichinhos, especialmente logo no início do processo do luto, têm dificuldades em lembrar-se do seu bichinho sem revisitar constantemente o momento da sua morte. Embora você não deva negar a morte, também deveria fazer um esforço para lembrar-se dos bons momentos também - aqueles que fizeram você sorrir, os momentos bobos e os de bagunça, também. Lembre-se da alegria que você e seu bichinho sentiam na presença um do outro.
Ajudando as crianças
Para as crianças, a perda de um bichinho de estimação é muitas vezes o que lhes traz o primeiro sentimento de perda permanente. Todos nós sabemos que a experiência não atenua a dor da perda, e também é verdade que as crianças terão alguns dos mesmos sentimentos dos adultos. Mas a perda é sentida diferentemente por crianças menores; é muito provável que elas se sintam confusas ou com raiva (dos pais, do veterinário ou de si mesmas). É melhor, no entanto, não apoiar-se em uma mentira bem-intencionada como "Margarida fugiu de casa" ou "Tigre foi embora para viver em uma fazenda". Estas explicações podem magoar e confundir ainda mais seu filho, enquanto a criança tenta descobrir se o bichinho optou por abandoná-la ou foi forçado a ir embora. Por fim, seu filho pode encher-se de uma esperança não-realista, insistindo em que seu amado bichinho voltará para casa. Embora vá ser difícil, você não deve esconder o fato de que seu bichinho morreu. Ensine seus filhos sobre esta parte natural da vida.
A MORTE DO ANIMAL DE ESTIMAÇÃO E AS CRIANÇAS
Muitas pessoas não percebem como a morte pode ser traumática e confusa para uma criança. As crianças tendem a ficar enlutadas por um período mais curto, mas a sua dor não é menos intensa. Crianças também tendem a voltar ao assunto com mais frequência , então muita paciência é necessária quando se lida com uma criança enlutada. Algumas dica importantes para ajudar uma criança nessa situação incluem:
1. Dar à criança permissão de lidar com a sua dor.
- contar ao professor sobre a morte do animal.
- encorajar a criança a falar livremente sobre o animal.
- dar à criança muito carinho e conforto.
- discutir a morte, o morrer e a dor honestamente.
- contar ao professor sobre a morte do animal.
- encorajar a criança a falar livremente sobre o animal.
- dar à criança muito carinho e conforto.
- discutir a morte, o morrer e a dor honestamente.
2. NUNCA dizer coisas como "Deus levou o seu bichinho," ou o animal está "dormindo para sempre."
- A criança pode temer que Deus vá levá-la, seus pais ou seus irmãos.
- A criança pode ficar com medo de ir dormir.
- A criança pode temer que Deus vá levá-la, seus pais ou seus irmãos.
- A criança pode ficar com medo de ir dormir.
3. Inclua a criança em tudo o que se passa.
4. Explique que a morte é permanente.
Os idosos enfrentando a perda
Quando os idosos têm de lidar com o luto, podem encontrar bem mais dificuldade. Muitos idosos moram com seus bichinhos de estimação, alguns com a consciência de que jamais poderão ter outro bichinho, responsavelmente. Um sentimento de solidão inescapável pode seguir a perda do bichinho. Juntamente com este sentimento, a inevitabilidade da morte pode começar a pesar bastante sobre os idosos propriamente ditos. É vitalmente importante não se entregar ao desespero; mais uma vez, você não está sozinho. Ninguém, independentemente da idade, pode jamais substituir um bichinho de estimação que se foi. Lembre-se de todos os diversos recursos disponíveis para você - de atendimentos telefônicos a grupos e foruns online. Você pode formar uma rede de amor e apoio na família e entre os amigos; talvez você não possa esperar vir a ter algum outro bichinho de estimação, mas é muito provável que estas pessoas tenham também os seus bichinhos - que precisarão de alguém que cuide deles, de tempos em tempos. Você poderia inclusive ser voluntário em abrigos locais para bichos. No momento em que um capítulo da sua vida se encerra, um novo capítulo se inicia, pleno de novas oportunidades para compartilhar seu amor pela família, amigos, bichinhos e pela vida.
O luto é provavelmente a sensação mais confusa, frustrante e emocional que uma pessoa pode sentir
É ainda mais para os donos de animais. A sociedade em geral não dá a essas pessoas "permissão" para demonstrar a sua dor abertamente. Dessa forma, os donos frequentemente se sentem isolados e sozinhos. Felizmente mais e mais recursos ficam disponíveis para ajudas essas pessoas a perceber que elas NÃO estão sozinhas e que o que elas sentem é completamente normal.